29 janeiro, 2008

M 3.3

Somos como estrangeiros na nossa própria cidade, pequenos fragmentos que se interrelacionam...
A importância do tempo e da sua ocupação, a necessidade de fazer sempre mais e mais rápido leva-nos a abstracção do outro... Os jornais, as revistas, a televisão tentam aproximar o mundo mas levam as pessoas a viver no seu próprio mundo.










Momentos nossos ainda que expostos...

Vivências na cidade... Comer, fumar, ler, pensar, esperar, falar ao telemóvel, ouvir música, cantar...


O que está para lá do visível...

Por momentos a cidade desaparece e novos mundos, mundos interiores se revelam...

















Partilhas...

um segredo , uma conversa, risos, beijos...










2 comentários:

João Paulo Queiroz disse...

Quantos destes gestos nao se perdem para sempre? alguem se lembra deles? Apenas quem os fotografou. Eis o quotidiano - viver-se de modo esquecido.
Entao talvez nao haja profundidade nestes risos e atitudes, afinal. Talvez sejam sintoma, de doenca, de "anomia".
Isto a prosito do texto tao optimista.
E talvez tambem se possa tracar alguma seleccao das fotos.

4683 disse...

Marcas de observação, de presença - registos ingénuos talvez, de momentos intimos no quotidiano de uma cidade. Sintomas de abstracção, de 'anomia', da ausência do outro e no entanto uma necessidade de exposição, de reconhecimento.
Como definir o espaço intímo? Estarei eu a violar a intimidade do outro ainda que me seja exposta? Existe uma membrana osmótica que limita o olhar mediante uma série de filtros, marcas sendo que o limite, permeável, é a fronteira de um território partilhado.